O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos aumentou sua projeção dos estoques finais do trigo nos EUA para a temporada 2017/18 em 810 mil toneladas, todas para ração e uso residual. O boletim do USDA, divulgado essa semana foi baseado no último relatório do NASS (Serviço Nacional de Informação e Estatística Agrícola) sobre os Estoques de Grãos, que registrou menos trigo para ração e uso residual para o terceiro trimestre (dezembro-fevereiro) do que estimado anteriormente.

O relatório do USDA, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica, também mostrou estoques recordes de milho nos EUA em 01 de março, o que deve continuar a dispensar o trigo para uso animal para o que resta da temporada 2017/18. Já a disponibilidade mundial de trigo aumentou neste mês próximo a 3,0 milhões de toneladas com o aumento da produção para um novo recorde de 759,8 MT, principalmente devido ao aumento da produção do Marrocos, que deve se recobrar da severa seca da safra anterior de 2016/1.

“As disponibilidades globais também aumentaram com a multi-anual redução de trigo para consumo humano, semente e uso industrial no Irã, que aumentou os estoques finais próximo de 2,0 milhões de toneladas. A projeção para o comércio mundial de trigo para 21/18 permaneceu virtualmente inalterada: de um lado o aumento das exportações da Rússia, Casaquistão e Argentina parcialmente compensada com as reduções das exportações da União Europeia e de outros países”, aponta o relatório do USDA.

s exportações da Rússia aumentaram 1,0MT para 38,5 milhões de toneladas, volume que ultrapassou o recorde de exportações do ano passado em mais de 10 milhões de tons. A Rússia continua a superar a União Europeia e outros exportadores em diversos mercados. As importações foram reduzidas no Marrocos, Brasil e Colômbia, enquanto aumentaram na Argélia, Etiópia, Japão, Quênia, Turquia e Filipinas.

“A projeção de consumo mundial aumentou, primeiramente devido aos aumentos da União Europeia e Indonésia, que mais do que compensaram as reduções do Irã, Índia e Estados Unidos. Porém, o aumento na disponibilidade global excedeu o consumo, resultando em aumento dos estoques finais da temporada 2017/18 em 2,3 milhões de toneladas, para 271,2 MT, um novo recorde”, conclui o boletim do USDA.

Fonte: Agrolink.com.br