Com a menor área estimada para o trigo em mais de 100 anos a ser cultivada pelos EUA na safra 2025/26, os futuros do grão negociados na Bolsa de Chicago terminaram o dia com mais de 1% de alta entre os principais vencimentos. Os ganhos variaram de 5,75 a 8,75 pontos, levando o maio a US$ 5
37 e o setembro a US$ 5,66 por bushel.
"O mercado se focou na possível limitação da oferta no médio e longo prazos, dando suporte aos futuros", explica a Agrinvest Commodities.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou a área norte-americana em 18,35 milhões de hectares, menor do que a média esperada pelo mercado - de 18,81 milhões -, e bem distante do número trazido pela instituição no Outlook Forum, em fevereiro, de 19,02 milhões de hectares. Na safra anterior, a área destinada ao trigo foi de 18,65 milhões.
"A redução de área deu aos traders uma boa e "fácil" justificativa para uma rodada técnica de compra de posições nesta segunda-feira de altas em Chicago. Caso esta área se confirme, será a segunda menor desde 1919", afirma a equipe do portal internacional Farm Progress.
De outro lado, o USDA trouxe também a atualização dos estoques trimestrais de trigo dos EUA em 33,67 milhões de toneladas, acima da média esperada de 33,07 milhões e bem acima do ano passado, neste mesmo período, quando eram 29,64 milhões. O número trouxe certa pressão ao mercado, porém, só o impedindo de subir um pouco mais.
Ainda nesta segunda-feira, os futuros do trigo também se pautaram na informação da consultoria russa Sovecon de que as exportações do país - maior exportador de trigo do globo - poderiam alcançar seu segundo menor volume em um ano, registrando cinco meses de declínio.
Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas