A farinha de panificação e o farelo salvaram os moinhos brasileiros em 2020, de acordo com o que informou a TF Agroeconômica. “A princípio parecia que eram as farinhas feitas com trigo doméstico que teriam grandes lucros. Mas, agora pode-se perceber claramente porque os moinhos afirmavam o ano inteiro que a farinha de panificação tinha demanda cheia, superando todas as expectativas e acumulando lucros”, comenta.


“Vê-se claramente que os preços da principal matéria-prima evoluíram 30,97% mais do que os preços da farinha comum, entre 02 de janeiro e 31 de dezembro deste ano, 18,31% a mais do que os preços da farinha inteira e 29,48% a mais do que os preços da farinha especial, que teve grande demanda (ainda recordamos da frase do moinho gaúcho que dizia que “quanto mais se vende, mais prejuízo tem”). Já no setor de panificação, que representa 60% do consumo brasileiro, os preços das farinhas evoluíram 58,36% acima dos preços da sua principal matéria-prima no período. A massa fresca, porém, amargou evolução 36,65% menor do que o preço do trigo que lhe dá origem”, completa.

O farelo foi o campeão de vendas de todo o setor, evoluindo 124,13% no ano, puxado pelos problemas do milho e da soja, que repercutiram no farelo. “Dos demais fatores que influenciam diretamente o preço do trigo e das farinhas, o dólar chegou ao final do ano tendo evoluído 29,10%, mas durante o ano chegou a subir 48,00% quando atingiu R$ 5,95. O preço do trigo argentino evoluiu 22,05% em relação ao início do ano”, indica.

“Mesmo assim, os testemunhos colhidos registraram que “este foi o ano de maior lucro em toda a história” de muitos moinhos, alguns já na terceira geração, fato que confirma que “quanto maior o preço do trigo, maior o lucro do moinho”. Simplesmente porque é um intermediário e vive de percentual”, conclui.

Fonte: Agrolink